A Direção da Escola Estadual Terezinha de Jaçanã através de seu blog, publicou Domingo uma matéria chamada "MEMÓRIAS DE UMA AÇÃO FRACASSADA" na matéria foi relatado o descaso por parte da organizadores da falta de organização do movimentos do dia 18 de Maio relativo ao dia de Combate à Violência, ao abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Confira a matéria na integra abaixo:
Organizadores de Suposto Evento Contra à Pedofilia nos fazem andar à toa
No dia 14 de maio recebemos em mãos de uma das conselheiras do Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente um convite para participarmos de um grande evento em alusão ao Dia 18 de Maio (Dia de Combate à Violência, ao Abuso e á Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes). "Será um grande evento no Centro da Cidade, que terá início às 8h e contará com uma vasta programação. Tudo o que vocês têm que fazer é trabalhar o tema com os alunos, produzirem cartazes e faixas e conduzi-los, em passeata, para a concentração que acontecerá em frente ao Mercado Público no dia 18", disse-nos a conselheira.
Já ressabiados com o fracasso que foi o evento no ano passado, acreditamos que neste ano seria diferente e concordamos. Assim sendo, reunimos a nossa equipe pedagógica e os nossos professores e traçamos metas e ações para trabalharmos a temática com o objetivo de atender a solicitação que havíamos recebido e para marcarmos a nossa participação no evento, afinal não queríamos ficar de fora.
Já ressabiados com o fracasso que foi o evento no ano passado, acreditamos que neste ano seria diferente e concordamos. Assim sendo, reunimos a nossa equipe pedagógica e os nossos professores e traçamos metas e ações para trabalharmos a temática com o objetivo de atender a solicitação que havíamos recebido e para marcarmos a nossa participação no evento, afinal não queríamos ficar de fora.
Durante toda a semana trabalhamos exaustivamente o tema com as turmas no turno matutino (alvos em potencial). Assim, tiramos cópias de textos para os professores, o Professor Luciano Gororoba conseguiu cartilhas sobre o assunto em Cuité e socializou com colegas e alunos, produzimos cartazes e faixas e estávamos prontos para participar do tal evento no dia 18 de maio.
No dia marcado, fomos á Escola, tivemos o primeiro horário e logo em seguida organizamos os alunos em frente à escola de onde saímos em passeata rumo ao centro da cidade (ver matéria nesse blog). A frente o aluno Mateus Atanel, do 9º ano, empunhava a nossa bandeira e logo atrás os demais alunos expunham faixas e cartazes, seguidos pelos seus professores.
Chegamos ao local marcado às 8h05 e lá não havia nada. Pensamos ser cedo e decidimos esperar mais um pouco. Às 8h30 ainda não havia nada e nem ninguém. Sequer alguém para nos receber ou um som ligado, nada. Decidimos seguir até a Escola Manoel Fernandes para saber de alguma coisa. Lá eles nos disseram que não iriam participar, pois relembravam do vexame que passaram no ano passado. Achamos aquilo estranho e, mais estranho ainda era não ter ali nenhuma outra escola, nem mesmo as municipais, só estávamos nós. Resolvemos dar a volta pela Igreja Matriz e ficamos em frente ao Mercado Público mais uma vez. Já se aproximando das 9h, debaixo de um escaldante sol, nos desesperamos e fomos até à sede do Conselho Tutelar para buscarmos alguma explicação. Mortas de vergonha e, sem entender o que estava acontecendo, as conselheiras não conseguiram justificar o que tinha ocorrido e nos pediram mil desculpas. “Não fomos nós que organizamos o evento. Não sabemos o que está havendo”, nos disseram elas.
Extremamente decepcionados e indignados com o descaso, decidimos retornar à nossa Escola , colocamos novamente os alunos em passeata e seguimos em frente. Sol a pino, calor escaldante, fadiga, cansaço e ninguém da suposta organização do evento estava "nem aí" para nós. Seguíamos rumo a nossa Terezinha Carolino. Quando chegamos na Rua João Pereira, encontramos um grupo da EMACC que vinha para o suposto evento. Como já nos viram indo embora, acharam que estavam atrasados e que o evento já tinha acabado. Deram a volta pelo centro e, como também não viram nada por lá, retornaram a sua escola.
Nós seguimos o nosso caminho indignados pelo descaso dessas autoridades que se dizem comprometidas com alguma coisa em nossa cidade. Só não perdemos o nosso tempo porque demos o recado a nossa comunidade, marchamos contra a pedofilia e fizemos todos verem que em nossa escola o trabalho é sério. O pior é que essas mesmas autoridades vão pegar as nossas fotos e vão enviar para o Ministério do Trabalho e da Assistência Social anexado a um belo relatório contando maravilhas, como se o evento tivesse acontecido. É aquela velha maquiagem: vão dizer que o evento aconteceu, mas na verdade tudo não passou de uma enrolação. E os diretores de escola, babacas, com as suas escolas nas ruas dando nome a quem não faz nada ou espera que os outros façam. Aliás, a maquiagem já começou. Está postado no blog de Bruno uma matéria linda sobre o evento. E houve o evento? Se houve foi depois das 10h e com pouquíssima representação porque ao que sabemos as escolas que foram já tinham ido embora.
E os responsáveis pelo tal evento onde estavam? Não sabemos nem quem eram, ou onde estavam ou porque nos fizeram de palhaços. Fato é que nós fomos, nós estávamos lá. Cumprimos com o que nos cabia. Já eles... Uma sequer justificativa ou um pedido de desculpas nos foi dado. Mas é assim mesmo e, como a Manoel Fernandes fez, da próxima vez (se é que vai ter próxima vez) a gente não participa mais.
O pior é que as “autoridades” vão discordar do que dissemos aqui e se fazerem de vítimas após lerem esse texto. A verdade é que o descaso é grande e nós já estamos cansados disso. Mas fazer o quê? Esse é mais um indício da desarticulação e da falta de organização nas esferas do Poder Municipal.
Obs: Pedimos que se identifiquem ao comentar.
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